Especificidades do Índice
Alguns destaques técnicos descritivos do projeto IndexAB
No projeto de recuperação do Índice de Arquitetura Brasileira, optamos por manter o padrão próprio de catalogação estabelecido para a primeira edição e aproveitar os recursos tecnológicos para incluir informações adicionais conforme a necessidade como nota complementar.
Nas edições impressas do Índice de Arquitetura Brasileira os registros eram agrupados por assunto e autoria, organizados em uma só ordem alfabética, com remissivas para indicar, por exemplo, que os projetos de uma equipe de arquitetos estavam registrados sob o nome do arquiteto principal:
Costa, José Pedro de Oliveira veja Villavecchia, Luigi; Yamagushi, Koiti e Costa, José Pedro de Oliveira
Acciari, Luís Carlos veja Bussab, Sami e equipe
Aflalo Filho, Roberto veja também Gasperini, Gian Carlo e Aflalo Filho, Roberto
Em relação aos autores de textos:
Moura, Éride veja também Wolf. José; Moura, Éride
E para os assuntos, as remissivas eram assim:
Ateliês veja Estúdios
Estações metroviárias veja também Transporte subterrâneo
Mutirões veja Habitação - Mutirões
As remissivas de autoria não são mais necessárias, porque todos os autores principais estão devidamente creditados nos registros e, por isso, recuperáveis pela ferramenta de busca. Os colaboradores em projetos estão creditados em notas, assim como informações adicionais pertinentes, e outras autorias, como os autores de texto sobre os projetos, tradutores, entrevistadores foram creditados como autores secundários com suas funções devidamente indicadas.
Uma particularidade do Índice de Arquitetura é o que chamamos na Biblioteconomia de catalogação analítica: criar registro para as partes de uma obra. No caso do Índice, essa metodologia é aplicada, por exemplo, aos artigos que publicam todos projetos vencedores nas diversas categorias de uma premiação devido à necessidade de destacar cada projeto e seus autores e por esse destaque, no registro do projeto a autoria principal é sempre os profissionais autores do projeto e não o autor do texto do artigo sobre a premiação, que fica indicado como contribuidor (autor secundário).
Essa prática foi mantida desde a criação do Índice de Arquitetura e a mudança que os avanços tecnológicos proporcionaram foi incluir informação que mantém a unidade, o vínculo da parte (projeto) com o todo (artigo), por exemplo, incluindo uma nota (pesquisável pelas ferramentas) com dados básicos (título e paginação) do artigo completo no qual o projeto destacado foi publicado. Aos poucos, as informações de unidade serão incluídas nos registros pertinentes.
Outra ponderação ao longo do planejamento do IndexAB foi a atualização dos termos usados na indexação para representar o conteúdo dos artigos, extraídos do Vocabulário controlado da USP. Mantivemos muitos deles que não existem mais, porque para o universo de artigos do Índice de Arquitetura precisamos de especificidades. Por exemplo, artigos sobre arquitetura de interiores (decoração) para salas de jantar, sala de jogos, sala de estar não poderiam ter o assunto descrito apenas pelo termo Sala. Em contrapartida, por exemplo, o termo móveis, que não existe mais no vocabulário da USP, foi substituído por mobiliário.
O controle de autoridades de nomes é uma novidade cuja objetivo é padronizar e agrupar as produções de e sobre um profissional ou instituição, por exemplo, mesmo que haja divergência quanto à grafia do nome que ora pode ser publicado completo, com troca de letra, com abreviação de sobrenome, substituído por um apelido, ou uma instituição mencionada pelo acrônimo, nome em português ou no idioma estrangeiro original etc. Os registros das autoridades (categorizados como Biografia no conjunto do Índice de Arquitetura) apresentam dados biográficos básicos, conforme averiguados em fontes oficiais e variadas, controles de autoridades de instituições como a Biblioteca Nacional do Brasil, Library of Congress, Getty Institute, VIAF - The Virtual International Authority File, catálogo de associações profissionais, trabalhos científicos, sites institucionais entre outras fontes fidedignas.
Por fim, mais uma novidade que será implantada aos poucos (conforme os registros forem revisados detalhadamente) é o uso dos gêneros masculino e feminino conforme disponível em português para designar as profissões. Atualmente, o vocabulário da USP oferece apenas Arquitetos ou Escultores, mas passaremos a adotar os termos Arquitetas, Escultoras, Engenheiras etc. para facilitar a identificação da produção feminina publicada nas revistas representadas no Índice de Arquitetura Brasileira. Incluiremos também nos assuntos, por exemplo, a nacionalidade do autor do projeto de arquitetura quando executado fora de seu país de origem.